quarta-feira, 16 de agosto de 2017

O Sábado Através dos Séculos



SÉCULO I

“Quase todas as igrejas no mundo celebram os sagrados mistérios [da Ceia do Senhor] no sábado de cada semana.” Socrates Scholasticus, Eccl. History
“Então a semente espiritual de Abraão [os cristãos] fugiram para Pela, do outro lado do rio Jordão, onde encontraram um lugar de refúgio seguro, e assim puderam servir a seu Mestre e guardar o Seu sábado.” Eusebius’s Ecclesiastical History
Filo, filósofo e historiador, afirma que o sábado correspondia ao sétimo dia da semana.

SÉCULO II

“Os cristãos primitivos tinham grande veneração pelo sábado, e dedicavam o dia para devoção e sermões. ... Eles receberam essa prática dos apóstolos, conforme vários escritos para esse fim.” D. T. H. Morer (Church of England), Dialogues on the Lord’s Day, Londres, 1701

SÉCULOS II, III, IV

“Desde o tempo dos apóstolos até o Concílio de Laodicéia [364 d.C.), a sagrada observância do sábado dos judeus persistiu, como pode ser comprovado por muitos autores, não obstante o voto contrário do concílio.” John Ley, Sunday A Sabbath, Londres, 1640

SÉCULO III

“Pelo ano 225 d.C., havia várias dioceses ou associações da Igreja Oriental, que guardavam o sábado, desde a Palestina até a Índia.” Mingana Early Spread of Christianity

SÉCULO IV

“Na igreja de Milão (Itália), o sábado era tido em alta consideração. Não que as igrejas do Oriente ou qualquer outra das restantes que observavam esse dia, fossem inclinadas ao judaísmo, mas elas se reuniam no sábado para adorar a Jesus, o Senhor do sábado.” Dr. Peter Heylyn, History of the Sabbath, Londres, 1636
“Por mais de 17 séculos a Igreja da Abissínia continuou a santificar o sábado como o dia sagrado do quarto mandamento.” Ambrósio de Morbius
“Ambrósio, famoso bispo de Milão, disse que quando ele estava em Milão, guardou o sábado, mas quando passou a morar em Roma, observou o domingo. Isso deu origem ao provérbio: ‘Quando você está em Roma, faça como Roma faz.’” Heylyn, History of the Sabbath
Pérsia 335-375 d.C. Eles [os cristãos] desprezam nosso deus do Sol.
“Eles [os cristãos] desprezam nosso deus do Sol. Zoroastro, o venerado fundador de nossas crenças divinas, não instituiu o domingo mil anos antes em honra ao Sol cancelando o sábado do Antigo Testamento? Os cristãos, contudo, realizam suas cerimônias religiosas no sábado.” O’Leary, The Syriac Church and Fathers

SÉCULO V

“Agostinho [cujo testemunho é mais incisivo pelo fato de ter sido um devotado observador do domingo] mostra... que o sábado era observado em seus dias ‘na maior parte do mundo cristão’.” Nicene and Post-Nicene Fathers, série 1, vol. 1, págs. 353 e 354
“No quinto século a observância do sábado judaico persistia na igreja cristã.” Lyman Coleman, Ancient Christianity Exemplified, pág. 526

SÉCULO VI

“Neste último exemplo, eles [a Igreja da Escócia] parecem ter seguido o costume do qual encontramos vestígios na primitiva igreja monástica da Irlanda, ou seja, afirmavam que o sábado era o sétimo dia no qual descansavam de todas as atividades.” W. T. Skene, Adamnan’s Life of St. Columba, 1874, pág. 96
Sobre Columba de Iona: “Tendo trabalhado na Escócia por trinta e quatro anos, ele predisse clara e abertamente sua morte, e no dia 9 de junho, um sábado, disse a seu discípulo Diermit: ‘Este é o dia chamado sábado, isto é, o dia de descanso, e como tal será para mim, pois ele colocará um fim aos meus labores’.” Butler’s Lives of the Saints, artigo sobre “St. Columba”

SÉCULO VII

“Parece que, nas igrejas célticas primitivas, era costume, tanto na Irlanda quanto na Escócia, guardar o sábado... como um dia de descanso. Eles obedeciam literalmente ao quarto mandamento no sétimo dia da semana.” Jas. C. Moffatt, The Church in Scotland
Disse Gregório I, Papa de Roma (590-604): “Cidadãos romanos: Chegou a meu conhecimento que certos homens de espírito perverso têm disseminado entre vós coisas depravadas e contrárias à fé cristã, proibindo que nada seja feito no dia de sábado. Como eu deveria chamá-los senão de pregadores do anticristo?”

SÉCULO VIII

Índia, China, Pérsia, etc. “Abrangente e persistente foi a observância do sábado entre os crentes da Igreja Oriental e dos Cristãos de São Tomás da Índia, que jamais estiveram ligados a Roma. O mesmo costume foi mantido entre as congregações que se separaram de Roma após o Concílio de Calcedônia, como por exemplo, os abissínios, jacobitas, marionitas e armênios.” New Achaff-Herzog Encyclopedia of Religious Knowledge, artigo intitulado “Nestorians”

SÉCULO IX

“O papa Nicolau I, no nono século, enviou ao príncipe governante da Bulgária um extenso documento dizendo que se devia cessar o trabalho no domingo, mas não no sábado. O líder da Igreja Grega, ofendido pela interferência do papado, declarou o papa excomungado.” B. G. Wilkinson, Ph.D., The Truth Triumphant, pág. 232

SÉCULO X

“Os seguidores de Nestor não comem porco e guardam o sábado. Não crêem em confissão auricular nem no purgatório.” New Schaff-Herzog Encyclopedia, artigo “Nestorians”

SÉCULO XI

“Margaret da Escócia, em 1060, tentou arruinar os descendentes espirituais de Columba, opondo-se aos que observavam o sábado do sétimo dia em vez de o domingo.” Relatado por T. R. Barnett, Margaret of Scotland, Queen and Saint, pág. 97

SÉCULO XII

“Há vestígios de observadores do sábado no século doze, na Lombárdia.” Strong’s Encyclopedia
Sobre os valdenses, em 1120: “A observância do sábado... é uma fonte de alegria.” Blair, History of the Waldenses, vol.1, pág. 220
França: “Por vinte anos Pedro de Bruys agitou o sul da França. Ele enfatizava especialmente um dia de adoração reconhecido na época entre as igrejas celtas das ilhas britânicas, entre os seguidores de Paulo, e na Igreja Oriental, isto é, o sábado do quarto mandamento.” Coltheart, pág. 18

SÉCULO XIII

“Contra os observadores do sábado, Concílio de Toulouse, 1229: Canon 3: Os senhores dos diversos distritos devem procurar diligentemente as vilas, casas e matas, para destruir os lugares que servem de refúgio. Canon 4: Aos leigos não é permitido adquirir os livros tanto do Antigo quanto do Novo Testamentos.” Hefele

SÉCULO XIV

“Em 1310, duzentos anos antes das teses de Lutero, os irmãos boêmios constituíam um quarto da população da Boêmia, e estavam em contato com os valdenses, que havia em grande número na Áustria, Lombárdia, Boêmia, norte da Alemanha, Turíngia, Brandenburgo e Morávia. Erasmo enfatizava que os valdenses da Boêmia guardavam o sétimo dia (sábado) de uma maneira estrita.” Robert Cox, The Literature of the Sabbath Question, vol. 2, págs. 201 e 202

SÉCULO XV

“Erasmo dá testemunho de que por volta do ano 1500 os boêmios não apenas guardavam estritamente o sábado, mas eram também chamados de sabatistas.” R. Cox, op. cit.
Concílio Católico realizado em Bergen, Noruega, em 1435: “Estamos cientes de que algumas pessoas em diferentes partes de nosso reino adotam e observam o sábado. A todos é terminantemente proibido – no cânon da santa igreja – observar dias santos, exceto os que o papa, arcebispos e bispos ordenam. A observância do sábado não deve ser permitida, sob nenhuma circunstância, de agora em diante, além do que o cânon da igreja ordena. Assim, aconselhamos a todos os amigos de Deus na Noruega que desejam ser obedientes à santa igreja, a deixar de lado a observância do sábado; e os demais proibimos sob pena de severo castigo da igreja por guardarem o sábado como dia santo.” Dip. Norveg., 7, 397

SÉCULO XVI

Noruega, 1544: “Alguns de vocês, em oposição à advertência, guardam o sábado. Vocês devem ser severamente punidos. Quem for visto guardando o sábado, pagará uma multa de dez marcos.” Krag e Stephanius, History of King Christian III
Liechtenstein: “Os sabatistas ensinam que o dia de repouso, o sábado, ainda deve ser guardado. Dizem que o domingo [como dia semanal de descanso] é uma invenção do papa.” Wolfgang Capito, Refutation of the Sabbath, c. de 1590
Índia: “Francisco Xavier, famoso jesuíta, chamado para a inquisição que foi preparada em Goa, Índia, em 1560, para verificar ‘a maldade judaica, a observância do sábado’.” Adeney, The Greek and Eastern Churches, págs. 527 e 528
Abissínia: “Não é pela imitação dos judeus, mas em obediência a Cristo e Seus apóstolos, que observamos este dia [o sábado].” De um legado abissínio na corte de Lisboa, 1534, citado na História da Igreja da Etiópia, de Geddes, págs. 87 e 88

SÉCULO XVII

“Cerca de 100 igrejas guardadoras do sábado, a maioria independentes, prosperaram na Inglaterra nos séculos dezessete e dezoito.” Dr. Brian W. Ball, The Seventh-Day Men, Sabbatarians and Sabbatarianism in England and Wales, 1600-1800, Clarendon Press, Oxford University, 1994
(nota de quem está enviando: Church History, por Jones, Vol II. Cap 5. Estas eram as informações que Luiz XII obteve quando investigava as falsas acusações que o Romanismo atribuía aos Valdenses. Documentos ingleses revelam que, no início do século 16, muitos movimentos identificados como (igreja de Deus) se nomeavam na Inglaterra: Se não achados vários grupos de observadores do sábado que se denominam Igreja de Deus — Plaza de Devonshire — 1547 E.C.
A igreja de Deus se aferra que o dia de descanso deve ser sábado — Londres — Inglaterra — anos 1649, 1662, 1667 E. C.
Por toda a Gales existem grupos da igreja de Deus que se obstinam em guardar o sábado. Investigação sobre o sábado, por Ellix em 1662 E.C.
Em 1664, um missionário da Mill – Yard Church of God “Igreja de Deus de Mill Yard” chegava da Inglaterra a Newport Rhode Island, estabelecendo em 1671, a primeira igreja de Deus nos USA. O livro História da Igreja na Nova Inglaterra — 1769-1783 menciona a fé deste irmão, no que se refere aos Dez Mandamentos como estandarte de uma vida sem pecado e a observância do Sábado ao invés do domingo. Sthepen Mumford veio de Londres em 1664, trazendo a Doutrina dos Dez Mandamentos, tal qual foram entregues a Moisés no monte Sinai, e pregava que estes eram de caráter moral e imutáveis; que um  poder anti-cristão logrou mudar os tempos e a lei, e trocou o dia de repouso do sábado, sétimo dia da semana, pelo domingo, primeiro dia da semana. História de Igreja na Nova Inglaterra, 1783.
A igreja de Deus foi, portanto, a primeira de fé nos santos mandamentos nos USA ainda que posteriormente alguns de seus participantes se filiaram ao Movimento Batista do Sétimo Dia, que se organizou oficialmente em 1802. )

SÉCULO XVIII

Alemanha: “Tennhardt de Nuremberg adere estritamente à doutrina do sábado, por ser um dos dez mandamentos.” J. A. Bengel, Leben und Wirken, pág. 579
“Antes que Zinzendorf e os morávios de Belém [Pensilvânia] iniciassem a observância do sábado e prosperassem, havia um pequeno grupo de alemães observadores do sábado na Pensilvânia.” Rupp, History of the Religious Denominations in the United States
“Os abissínios e muitos do continente europeu, especialmente na Romênia, Boêmia, Morávia, Holanda e Alemanha, continuaram a guardar o sábado. Onde quer que a igreja de Roma predominasse, esses sabatistas eram penalizados com o confisco de suas propriedades, multas, encarceramento e execução.” Coltheart, pág. 26

SÉCULO XIX

China: “Os taiping, quando interrogados sobre a observância do sábado, responderam que, em primeiro lugar, porque a Bíblia o ensina, e, em segundo, porque seus ancestrais o guardavam como dia de culto.” A Critical History of Sabbath and Sunday

SÉCULOS XX e XXI


[Nota do editor: Há milhões de observadores do sábado no mundo, espalhados por mais de 25 denominações e centenas de congregações independentes, observadoras do sábado.]

por: Eder Clóvis Soares

domingo, 7 de maio de 2017

A Verdadeira Legitimidade e Linhagem do Povo de Deus

A Verdadeira Legitimidade e Linhagem do Povo de Deus



            No tempo de João Batista, precursor do Messias Jesus Cristo, os religiosos estavam legalistas e se escudavam da correção do profeta por serem portadores dos oráculos Divinos e da linhagem de Abraão, e vejam só os juízos que Deus setenciou a eles pela boca do mesmo:

“ Então iam ter com ele os de Jerusalém, de toda a Judéia, e de toda a circunvizinhança do Jordão, e eram por ele batizados no rio Jordão, confessando os seus pecados.
 Mas, vendo ele muitos dos fariseus e dos saduceus que vinham ao seu batismo, disse-lhes: Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira vindoura?
 Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento, e não queirais dizer dentro de vós mesmos: Temos por pai a Abraão; porque eu vos digo que mesmo destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão.
E já está posto o machado á raiz das árvores; toda árvore, pois que não produz bom fruto, é cortada e lançada no fogo.”

            Existe um perigo muito grande daqueles que se dizem portadores dos oráculos Divinos e da verdadeira linhagem, que tem a origem, ou quer a primazia, caírem na presunção de se acharem intocáveis, e que de maneira nenhuma serão rejeitados por Deus, e começarem a produzir frutos maus, a apostasia, desviando-se da essência da religião para com Deus, que é o amor, a justiça a misericórdia. Se prendendo muito em questões materiais e financeiras, como arrecadação de dizimos e ofertas e propriedades, etc
            Outro perigo, bastante comum é se justificarem aos seus próprios olhos, respaldando-se nas suas próprias obras, como que achando que suas obras em Deus sejam argumentos irrefutáveis de que estão no caminho certo e que tem aprovação Divina, não obstante estarem ao contrário do ensino da Palavra de Deus! Trocando em miúdos, ficam fiados em suas obras, ou mesmo pensando que tem grande importância como servo de Deus ( Veja Jó cap 4 ), achando com isto que não necessita fazer uma revisão ou mesmo aceitar correção da parte de Deus. Tornando-se soberbo, cava a sua própria ruína, e não vê a sua iminente queda. Como diz:

Antes da ruína eleva-se o coração do homem; e adiante da honra vai a humildade.”
Prov. 18:12

Portanto é necessário os frutos, a humildade a prática da verdade e da justiça:

“Mas dirá alguém: Tu tens fé, e eu tenho obras; mostra-me a tua fé sem as obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras.” Tiago 2:18

A fé sem as obras é morta, perde o valor, fica vazia, perde a legitimidade. Mais importante do que a origem ou mesmo a linhagem de alguém, esta a legitimidade de suas atitudes, e esta só pode obter mediante a prática e submissão as ordens de Deus.
A característica fundamental do cristão esta na sua obediência irrestrita a Palavra de Deus, quando ele começa a justificar suas mudanças de atitudes, baseado em sua linhagem ou obras de credibilidade outrora executadas, começa a entrar na apostasia, e perde a autenticidade. Foi isto que ocorreu com o povo de Israel, no tempo de Cristo, perderam sua legitimidade como povo de Deus, e não perceberam, e os frutos, e o novo povo passou a ser os gentios que pela fé e humildade receberam de bom grado a Palavra de Deus.

“ Então Paulo e Barnabé, falando ousadamente, disseram: Era mister que a vós se pregasse em primeiro lugar a palavra de Deus; mas, visto que a rejeitais, e não vos julgais dignos da vida eterna, eis que nos viramos para os gentios.” Atos 13:46

O grande perigo de cair no erro dos fariseus, de se acharem mais dignos e justos do que os publicanos e gentios, acabou por fazerem deles homens rejeitados diante de Deus, enquanto
aqueles que eram julgados indignos, se arrependeram, converteram-se e entraram no Reino de Deus!

“Pois João veio a vós no caminho da justiça, e não lhe deste crédito, mas os publicanos e as meretrizes lho deram; vós, porém, vendo isto, nem depois vos arrependestes para crerdes nele.” Mateus 21:32

Jesus Cristo termina dizendo, depois da parábola dos servos e da vinha:

“Portanto eu vos digo que vos será tirado o reino de Deus, e será dado a um povo que dê os seus frutos.” Mateus 21:43

Fica claro que para Deus é mais importante a obediência do que a linhagem, confirmando desta forma que ele levanta filhos de Abraão até mesmo das pedras se necessário, mas que não aceita homens que querem se justificar em seus maus caminhos.
Uma pergunta que podemos fazer:
Os judeus que ficaram recalcitrando contra a justiça e a verdade da mensagem trazida dos céus por João Batista, e depois implementada por Cristo e seus apóstolos, perceberam que foram rejeitados como nação?

Resposta: Não, não enxergaram que estavam rejeitados.

Então qual o perigo similar existe em uma pessoa de estar apostatada?

Resposta: existe grande possibilidade de continuar no caminho da apostasia, rejeitando qualquer tipo de admoestação ou estudo na Bíblia. Levantando-se ou mesmo se defendendo das formas que lhe forem convinientes, menos buscando a legitimidade de suas atitudes na Palavra de Deus. Achando que todos os meios justifica o fim, que sua origem é mais importante do que meras questões de obediência a esta ou aquela doutrina, desmerecendo a verdade em sua essência em nome de uma suposta unidade em uma ordem eclesiástica.

Vamos analisar agora profundamente uma citação tirada da carta do Apóstolo Paulo aos Coríntios:

“Porque, dizendo um: Eu sou de Paulo; e outro: Eu de Apolo; não sois apenas homens?
Pois, que é Apolo, e que é Paulo, senão ministros pelos quais crestes, e isso conforme o que o Senhor concedeu a cada um?
Eu plantei; Apolo regou; mas Deus deu o crescimento.”I Coríntios 3:4-6

Havia então por parte dos coríntios, uma questão partidarista, de preferência, onde certos cristãos vangloriavam-se em sua fundamentação, por ter este ou aquele ministro como melhor, achando assim que eram mais do que outros, ou que tinham feito uma melhor escolha a quem seguir.
Quando um movimento, começa a fundamentar-se em um líder, tendo o mesmo acima de qualquer suspeita, aprovando-o acima de um questionamento Bíblico e verdadeiro, seguindo suas determinações por meio de ordens hierarquicas e autoritárias, considerando como príncipe e como tendo a primazia. Esta sendo lançado outro fundamento, e inicia-se desta forma um caminho de apostasia, preparando os elementos necessários para o espírito do anticristo como veremos a seguir na seqüência do estudo. Importante notar, que logo após esta questão levantada pelos da Igreja de Corinto, o Apóstolo exorta:

“De modo que, nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento.Ora, uma só coisa é o que planta e o que rega; e cada um receberá o seu galardão segundo o seu trabalho.Porque nós somos cooperadores de Deus; vós sois lavoura de Deus e edifício de Deus.” Versos  7-9.

Ninguém deve se considerar superior ou melhor do que os outros, porque fez isto ou aquilo, ou porque trouxe a mensagem para este ou aquele país. Ou achar que tem maior autoridade do que este ou aquele, porque foi o precursor, a humildade e vigilância neste sentido deve estar sempre presente. Porque, tudo o que fizermos, faremos segunda a graça de Deus, doutra sorte não somos nada e nem melhor, podemos ser rejeitados por desconsiderarmos este ensino de humildade. Na continuidade, o Apóstolo mostra, que este partidarismo, fará com que o foco principal seja perdido, e o fundamento podendo ser trocado, dai a necessidade de estarmos atento:

“Segundo a graça de Deus que me foi dada, lancei eu como sábio construtor, o fundamento, e outro edifica sobre ele; mas veja cada um como edifica sobre ele.
Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo.” Versos 10-11

Quando perde o alicerse? Quando estamos colocando qualquer outra ordem de coisas que sobreponha o fundamento principal da Palavra de Deus e Jesus Cristo e seu evangelho,. Para exemplificar: Quando são tomadas decisões contrárias a Palavra de Deus, ainda que por um Ministério Eclesiástico, estas decisões são impostas, sob alegação de que se deve respeitar o ministério invocando a autoridade de seus ministros, indiferente da ilegalidade desta decisão, faz-se assim com que o fundamento seja mudado, perdendo a legitimidade. 
Este processo, necessariamente não é imediato, pode vir por indução, até mesmo repetição e invocação insistente de autoridade, e o reconhecimento dela sem passar pelo crivo da Bíblia. Onde existe muita imposição de autoridade, não existe a verdade. Porque a maior autoridade é a verdade, e não títulos, currículos e mestrados, doutorados. Quando alguém necessitada por demais invocar sua autoridade, e pedir por demais uma submissão, sob forma de coação ou medo, certamente esta fora da verdade. Pois seus argumentos apenas vivem sob a sombra de sua autoridade e não pela verdade.

“e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” João 8:32

Os Escribas e Sacerdotes, invocavam sobre si muita autoridade, e necessidade de ordem e linhagem, ignorando muitas vezes a necessidade da verdade. Jesus tinha esta autoridade, porque estava respaldada na verdade, e por isto era diferente dos religiosos da época.

“porque as ensinava como tendo autoridade, e não como os escribas.” Mateus 7:29

A autoridade de alguém não pode estar firmada em sua posição, status ou grau de instrução ou qualquer outro parâmetro que se queira usar, que não seja a verdade. A verdade em si, imbute a autoridade (exousia), porque sabemos que nem uma mentira provém da verdade. O processo de santificação pela qual devemos palmilhar, esta na palavra da verdade, quando se utiliza a mentira, a autoridade passa a se configurar como a forma despótica e coersiva, iliminando a liberdade de se questionar. Quanto mais questionamos, mais a verdade se mostra autoridade, ao contrário da autoridade tirana, que necessita estar sob as asas da ignorância dos que são submetidos a ela, como forma de manter-se no poder.
Vamos analisar alguns aspectos diferentes entre a autoridade de procedência Divina, da humana e hierarquica.

Um exemplo Bíblico de autoridade hierarquica e humana:

“O centurião, porém, replicou-lhe: Senhor, não sou digno de que entres debaixo do meu telhado; mas somente dize uma palavra, e o meu criado há de sarar.
Pois também eu sou homem sujeito à autoridade, e tenho soldados às minhas ordens; e digo a este: Vai, e ele vai; e a outro: Vem, e ele vem; e ao meu servo: Faze isto, e ele o faz.” Mat. 8:8,9

O Centurião pertencia a uma hierarquia do exército Romano, comandava uma tropa de soldados, tendo-os em sujeição as sua autoridade. Esta mesma autoridade, imposta sem questionamento, ou desprovida de qualquer virtude. Faça o que mando, mas não proceda como eu procedo. ( Ver Mateus 23:1-3 )
Este modelo secular e normalmente praticado, pelas organizações de ordem eclesiástica foi claramente reprovado pelo Senhor Jesus Cristo:

” Jesus, pois, chamou-os para junto de si e lhes disse: Sabeis que os governadores dos gentios os dominam, e os seus grandes exercem autoridades sobre eles.
 Não será assim entre vós; antes, qualquer que entre vós quiser tornar-se grande, será esse o que vos sirva; e qualquer que entre vós quiser ser o primeiro, será vosso servo;
 assim como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos.
 Mateus 20:25-28

Esta claro o evangelho a respeito da verdadeira autoridade (exosia), é diferente de uma organização tipo hierárquica, parte do príncipio, que o reino de Deus consiste em atitudes e não em palavras ou ordens. Esta autoridade Divina, que Jesus Cristo possuia, em dar o exemplo e depois pedir a obediência, sem invocar primeiramente o seu Senhorio  Veja:

“Ora, depois de lhes ter lavado os pés, tomou o manto, tornou a reclinar-se à mesa e perguntou-lhes: Entendeis o que vos tenho feito?
Vós me chamais Mestre e Senhor; e dizeis bem, porque eu o sou.
Ora, se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns aos outros.
Porque eu vos dei exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também.
Em verdade, em verdade vos digo: Não é o servo maior do que o seu senhor, nem o enviado maior do que aquele que o enviou.
Se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as praticardes.
João 13:12-17

Muitos não entendem o exemplo do Senhor Jesus Cristo no lava pés, em toda plenitude, acreditando que praticando o ato em si , já esta em plena conformidade com a lição que foi dada. Exatamente não é só isto, mas mostra que aquele que deseja ter a primazia entre os demais, deve ser o serviçal, o menor, exatamente o contrário do que acontece com uma Organização em que se tem a hierarquia., cujo o modelo é totalmente rejeitado por Deus no meio do Seu povo, é apostasia, doutrina de babilônia praticada pela Igreja Romana e suas filhas. Este modelo é o poder de Jesabel que se prostitue com aqueles que são ambiciosos e persegue os que são obedientes a Deus ( veja Apocalipse 2:20-23)
O Apóstolo Paulo, um imitador de Cristo, tinha sua autoridade de acordo com o modelo cristão:

“ Em tudo vos dei o exemplo de que assim trabalhando, é necessário socorrer os enfermos, recordando as palavras do Senhor Jesus, porquanto ele mesmo disse: Coisa mais bem-aventurada é dar do que receber.” Atos 20:35

e também disse:

“Porque o reino de Deus não consiste em palavras, mas em poder.”  I Cor. 4:20

O poder aqui mencionado, pode melhor entender por virtude, dar o exemplo para que depois os outros se espelhem, servir ao invés de ser servido. A prática da verdade, da justiça é que traz a sujeição em amor dos discípulos a um líder. E não a imposição de títulos, cargos ou até mesmo autoridade eclesiástica e punitiva, que compete a assembléia e não a um grupo eletizado dentro da Igreja.

“E disse ao povo: Acautelai-vos e guardai-vos de toda espécie de cobiça; porque a vida do homem não consiste na abundância das coisas que possui.” Lucas 12:15


Aliás, Jesus o Cristo, advertiu muito aos seus discípulos que se acautelassem do fermento dos fariseus, pois justamente assim como o pedido dos filhos de Zebedeu, querendo ver qual seria maior entre eles, ou que estariam deste ou daquele lado do Mestre em Seu Reino, causou discórdia e divisão no meio dos discípulos. Este ainda é a maneira  perniciosa, e encoberta que satanás se utiliza para causar divisão e apostasia na Igreja de Deus.
Este tipo de autoridade coersiva existia no meio dos escribas e fariseus, e por meio dela muitos foram expulsos da sinagoga, excluídos das suas comunidades por aceitarem os ensinos da verdade transmitidos pelo Mestre Jesus Cristo, e outros se acorvadaram, por medo destas represálias, não obstante crerem em tudo, mas não podiam manifestar-se por medo das autoridades em suas comunidades.

“Contudo, muitos dentre as próprias autoridades creram nele; mas por causa dos fariseus não o confessavam, para não serem expulsos da sinagoga;” João 12:42

O poder hierárquico e coersivo, resulta em opressão e falta de liberdade, conseqüentemente a verdade também começa a não existir, ou ser suprimida, quanto maior esta autoridade sobre todos, menos verdade e transparência existirá na ação da mesma. Sua forma de subsistência, é patrocinar a obediência cega e sem questionamento das ordens, trazendo a ignorância da verdade e dos fatos, sempre sob uma ótica parcial e manipulada, muitas das vezes até mesmo se utilizando da indução ou lavagem cerebral, por meio de repetidas frases tendenciosas ou preconceituosas, insinuando sobre aqueles que detêm a verdade ou estão esclarecidos dos fatos e podem ameaçar a este poder autoritário e hierárquico de uma instituição eclesiástica. Isto a exemplo do que ocorreu no Atos Apostólicos, onde pessoas devotas eram inflamadas pelos judeus contra os discípulos do Senhor:

“Mas os judeus incitaram as mulheres devotas de alta posição e os principais da cidade, suscitaram uma perseguição contra Paulo e Barnabé, e os lançaram fora dos seus termos”. Atos 13:50

A melhor forma de combate a este tipo de poder, é o esclarecimento, a exposição da verdade, o estudo dos fatos de forma imparcial, sendo passado aqueles que estão oprimidos e cegos.
Uma forma sútil, muito perigosa, que trataremos de chamar de espírito do erro, começa a permeiar o meio daqueles que estão sob a regência deste governo opressor e centralizador, ora até aqui citado. Estudos repetitivos, e vastamente recheados de passagens Bíblicas que invocam a autoridade daqueles que pertencem ao Ministério, como forma e justificativa de seus argumentos autoritários. A exclusão do contexto Biblico, para inclusão de uma justificativa de atitudes hierarquicas. O fundamento principal, passa a ser excluído, o foco perdido, e Jesus Cristo deixa de ser o cabeça máximo da Igreja . A garantia de sucesso e prosperidade , crescimento no episcopado, em troca de aceitar uma obediência cega, inquestionável, e abusiva. Vamos analisar o seguintes textos, dando-lhes as interpretações capciosas de um poder tirano, depois, analisaremos dentro da reta justiça e conforme o contexto.

Aqui alguns versos Biblicos utilizados na tentativa de neutralizar a ação da verdade sobre os membros de uma instituição com Sistema Centralizado e dominador.

“Rogo-vos, irmãos, que noteis os que promovem dissensões e escândalos contra a doutrina que aprendestes; desviai-vos deles.” Romanos 16:17

ó Timóteo, guarda o depósito que te foi confiado, evitando as conversas vãs e profanas e as oposições da falsamente chamada ciência;” I Timóteo 6:20

“Se alguém vem ter convosco, e não traz este ensino, não o recebais em casa, nem tampouco o saudeis. Porque quem o saúda participa de suas más obras.” II joão 1:10-11

Aplicados fora do verdadeiro contexto, que ora na seqüencia mostraremos, estes versos dentre outros são muito utilizados, para incutir medo e preconceito, de forma que a meta a ser atingida é conseguir neutralizar as pessoas do assédio da verdade, fazendo-as que ignorem qualquer chance de poderem analisar com justiça e imparcialidade a verdade apresentada. Sendo desta forma, começa-se um processo de atuação do espírito do erro, onde a mentira é a verdade na mente da pessoa, e a verdade torna-se a heresia e mentira. Cumpre-se desta forma o que o Apóstolo Paulo diz na sua espístola aos Tessalonicenses a respeito da atuação do espírito do anticristo, vejamos:

“e com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para serem salvos.
E por isso Deus lhes envia a operação do erro, para que creiam na mentira; para que sejam julgados todos os que não creram na verdade, antes tiveram prazer na injustiça.
II Tessalonicenses 2:10-12

A operação do erro inicia-se porque não foi dado a oportunidade de se conhecer a verdade e fazer justiça. O Senhor Jesus Cristo diz em seus ensinamentos:

“Não julgueis pela aparência mas julgai segundo o reto juízo.” João 7:24

Significa, que não podemos deixar-nos induzir pela aparência, ou por aquilo que normalmente se diz, mas nosso critério de julgamento deve estar baseado na justiça, permitindo que ambas as partes sejam analisadas segundo a luz da verdade, de forma imparcial e justa, esgotando-se todas as formas de defesa.
Agora iremos mostrar, como o mesmos versos utilizados para justificar uma ação de neutralização das pessoas para que não ouçam e nem recebam as pessoas que foram julgadas como “hereges” ou nocivos a instituição, aplica-se exatamente ao contrário.
Exemplo:


“Se alguém vem ter convosco, e não traz este ensino, não o recebais em casa, nem tampouco o saudeis. Porque quem o saúda participa de suas más obras.” II joão 1:10-11

Qual ensino o Apóstolo esta se referindo? Vejamos os versos anteriores:

E o amor é este: que andemos segundo os seus mandamentos. Este é o mandamento, como já desde o princípio ouvistes, para que nele andeis.
Porque já muitos enganadores saíram pelo mundo, os quais não confessam que Jesus Cristo veio em carne. Tal é o enganador e o anticristo.
Olhai por vós mesmos, para que não percais o fruto do nosso trabalho, antes recebeis plena recompensa.
Todo aquele que vai além do ensino de Cristo e não permanece nele, não tem a Deus; quem permanece neste ensino, esse tem tanto ao Pai como ao Filho. II João 1:6-9

Vejam, que o amor, a obediência aos mandamentos de Deus, e os ensinos do Senhor Jesus Cristo, compõe o ensino do qual o Apóstolo diz, que aquele que for além ou estiver fora destes ensinos devem ser evitados.  Porque?

“Porque quem o saúda participa de suas más obras” Verso 11

Como vimos anteriormente neste estudo, o Senhor Jesus Cristo não ensinou uma hierarquia no meio dos seus discípulos a moda do Império Romano, e nem como existe hoje nas Instituições Eclesiásticas, onde líderes adotam títulos e cargos para si e dominam no meio do povo, fazem com que dons ministeriais se tornem em níveis hierarquicos, exigindo muitas vezes uma submissão de forma absoluta e inquestionável. Percebam nitidamente que as passagens abaixo, não se referem de modo nenhum a uma hierarquia, mas a dons dados por Deus.

“Mas a cada um de nós foi dada a graça conforme a medida do dom de Cristo.
Por isso foi dito: Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro, e deu dons aos homens.
Ora, isto-ele subiu-que é, senão que também desceu às partes mais baixas da terra?
Aquele que desceu é também o mesmo que subiu muito acima de todos os céus, para cumprir todas as coisas.
E ele deu uns como apóstolos, e outros como profetas, e outros como evangelistas, e outros como pastores e mestres,
tendo em vista o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo;”Efésios 2:9-12

Utilizar-se desta passagem e outras similares para tentar defender uma hierarquia, é isolar o verso do contexto e torcer as Escrituras. Apóstolos, profetas, pastores, e doutores, não são uma forma de hierarquia na Igreja, mas dons distribuídos pelo Senhor Jesus Cristo aos seus servos, nenhuma ordem religiosa tem autoridade ou mesmo capacidade de dar estes dons a alguém por meio de ordenação. A única hierarquia encontrada na Bíblia, mas especificamente no Novo testamento, pode ser a que existe em I Coríntios  11:3:

“Quero porém, que saibais que Cristo é a cabeça de todo homem, o homem a cabeça da mulher, e Deus a cabeça de Cristo.”I Coríntios 11:3

Somente duas sagrações no ministério, a de presbítero (ancião ou Bispo), e diácono, demais reconhecimentos são dons ministeriais e não hierarquia.
Isto não é ir além dos ensinos de Cristo como diz o Apóstolo João?! Portanto estar de acordo com este tipo de apostasia, não seria comungar com as suas más obras e desvios doutrinários? O Apóstolo Paulo também diz:

e não vos associeis às obras infrutuosas das trevas, antes, porém, condenai-as;”
Efésios 5:11

A única forma de combater este tipo de Sistema corrupto, é rompendo com ele, esclarecendo aos que estão dominados, por meio da pregação da verdade, que irá condenar as obras daqueles que insistem por ganância em ficar nesta posição ou compactuar com ele.
O Senhor Jesus Cristo, em seu ministério terreno, se posicionou de uma forma contundente contra este tipo de legalismo injusto e dominador dos líderes da época, por assim proceder foi considerado um rebelde e agitador, sendo então perseguido, e tendo disputas difíceis com aqueles homens, que de toda a forma tentavam achar alguma coisa que o pudessem condenar. Mesmo não encontrando contradições nos ensinos de Cristo, acabaram por forçar um julgamento injusto, e condenaram a pena máxima da época. A questão maior, foi que com a pregação da verdade, os líderes ficam expostos ao julgamento de suas obras pela luz da verdade, pois suas obras eram más. Resta-lhes duas alternativas:

1º  Desacreditar ou destruir quem esta esclarecendo o povo.
2º Mudarem suas atitudes, arrependendo-se e convertendo-se do seu mal caminho, e abrindo mão de sua posição e privilégios.

Foi o que ocorreu com muitos naquela época, de forma lenta, pois tinham receio e medo de serem expulsos de suas comunidades, mas a medida que eram esclarecidos , ficavam mais e mais convictos da verdade, até que então rompiam com o sistema e assumiam publicamente sua fé no Messias.

“Todavia ninguém falava dele abertamente, por medo dos judeus.” João 7:13

“Depois disto, José de Arimatéia, que era discípulo de Jesus, embora oculto por medo dos judeus, rogou a Pilatos que lhe permitisse tirar o corpo de Jesus; e Pilatos lho permitiu. Então foi e o tirou.” João 19:38

Mais tarde estes assumiram publicamente, sem medo sua fé e converteram-se, no entanto aqueles que endureceram seus corações, operou o espírito do erro, levando-os a agirem com ódio e injustiça até levarem Jesus a morte de Cruz.

Partiremos agora para uma análise mais acurada deste tipo de cisma, no seio da Igreja de Cristo, que redundou na nefanda inquisição e o levante do homem do pecado o anticristo.
Provaremos, que a legitimidade daquela Igreja ou pessoas que comungam com este poder de Jesabel, cometendo adultério espiritual, é cortada. A linhagem, ou seqüencia de consagração é nula, quando se perde a legitimidade da doutrina. A apostasia, é o único acontecimento justificavel para haver ruptura da Igreja, dividindo entre os que desejam manter a sã doutrina, daqueles que partiram para um rumo de apostasia e mudança. Como diz o Apóstolo João:

“ Saíram dentre nós, mas não eram dos nossos; porque, se fossem dos nossos, teriam permanecido conosco; mas todos eles saíram para que se manifestasse que não são dos nossos.” I João 2:19

No tempo de João houveram divisões, isto já pela manifestação do espírito do anticristo. O desejo de obterem primazia dentre os grupos e Igrejas foi o início desta apostasia. Um caso típico o que ocorreu com as Igrejas sob a liderança de Diótrefes.

“Escrevi alguma coisa à igreja; mas Diótrefes, que gosta de ter entre eles a primazia, não nos recebe.
 Pelo que, se eu aí for, trarei à memória as obras que ele fazproferindo contra nós palavras maliciosas; e, não contente com isto, ele não somente deixa de receber os irmãos, mas aos que os querem receber ele proíbe de o fazerem e ainda os exclui da igreja.
 Amado, não imites o mal, mas o bem. Quem faz o bem é de Deus; mas quem faz o mal não tem visto a Deus.” III João 9-11

Este espírito que se apoderou do Presbítero Diótrefes, tipifica exatamente o que até aqui temos argumentado e mostrado a luz da Palavra de Deus, e foi a causa de sérias dissensões no seio da Igreja Primitiva, e redundou mais tarde, na apostasia predita pelos santos Apóstolos do Senhor  Jesus Cristo.

“Cuidai pois de vós mesmos e de todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele adquiriu com seu próprio sangue.
Eu sei que depois da minha partida entrarão no meio de vós lobos cruéis que não pouparão rebanho,e que dentre vós mesmos se levantarão homensfalando coisas perversas para atrair os discípulos após si.
Portanto vigiai, lembrando-vos de que por três anos não cessei noite e dia de admoestar com lágrimas a cada um de vós.” Atos 20:28-31

O Apóstolo Pedro também preconizou:

“Mas houve também entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá falsos mestres, os quais introduzirão encobertamente heresias destruidoras, negando até o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição. E muitos seguirão as suas dissoluções, e por causa deles será blasfemado o caminho da verdade; também, movidos pela ganância, e com palavras fingidas, eles farão de vós negócio; a condenação dos quais já de largo tempo não tarda e a sua destruição não dormita.” II Pedro 2:1-3

O motivo central da apostasia, é a ganância, o desejo e cobiça pela primazia, elementos nocivos a pureza da sã doutrina no seio da Igreja de Deus. Justamente o que o Senhor Jesus Cristo advertiu aos discípulos, que tomassem cuidado com o fermento dos fariseus, com a cobiça por posição e status perante os demais, que tivessem vigilantes para não deixarem subir este tipo de ganância em seus corações. As instituições Eclesiásticas, adotam um Sistema Hierarquico, que estimula e favorece este tipo de ganância. No seio da Igreja a forma que é introduzido, não é aparente e muito menos brusca, mas como vemos, encobertamente, lentamente, sem que percebam, até então gerar a apostasia, de forma dissimulada, buscando atrair partidários, negociando com as almas, com politicagem, e como fez Diótrefes, expulsando e tentando proibir aqueles que porventura representassem uma ameaça a sua primazia.

“Amado, não imites o mal, mas o bem. Quem faz o bem é de Deus; mas quem faz o mal não tem visto a Deus.
De Demétrio, porém, todos, e até a própria verdade, dão testemunho; e nós também damos testemunho; e sabes que o nosso testemunho é verdadeiro.” III João 11-12

Por outro lado existiu Demétrio, que era um homem de Deus, em que a verdade era sua própria testemunha, porém este foi impedido por Diótrefes, claramente vemos a razão deste interditamento, porque o líder Diótrefes, não queria perder sua primazia, e sentia-se ameaçado. Veremos que mais tarde, este tipo de disputa pelo poder, foi aumentando no seio da Igreja, trazendo com ele os elementos necessários para o levante do Papa e a hierarquia Eclesiástica, que até os dias de hoje existe na Igreja Romana e protestantes! Para uma melhor compreensão histórica, recomendamos estudar a apostila sobre o Povo de Deus, escrita pelo Pastor Andres Menjívar da Igreja de Deus de Alberta-Canadá.  Que este estudo possa abrir o entendimento de muitos, fazendo com que estas pessoas não compactuem com o vinho de babilônia, e fermento dos fariseus, que tão nocivo se faz para a fé e obediência as doutrinas do Senhor Jesus Cristo e dos Apóstolos e profetas. E compreendam, que a Igreja de Deus é coluna e apoio da verdade ( I Timóteo 3:15), em sua base doutrinária não deve existir nenhuma doutrina de origem pagã ou o poder de Jesabel, centralizando e criando uma hierarquia antibíblica para perseguir os verdadeiros adoradores de Deus. Entrar por este caminho é apostatar e perder a legitimidade, acabando também por perder a salvação e sendo cortado da oliveira verdadeira.

Estudo realizado por:
Flavio Schmidt de Carvalho

domingo, 3 de maio de 2015

Falsos judeus e a sinagoga de satanás

Falsos judeus e a sinagoga de satanás


Hoje no meio religioso, existe um movimento bonito de retorno as raizes judaicas do cristianismo conhecido como judaismo messianico. Nada mais é, literalmente que judeus que creem que Jesus foi o messias. O judaismo, aliás, tem uma excelente interpretação bíblica, coerente, e quando aceitam que Jesus foi o messias prometido, analisam o novo testamento sob uma ótica mais judaica e mais excelente.
judeu ortodoxo

Mas como em todo meio religioso, existem os joios e os trigos e no judaismo messianico não seria diferente. É comum vermos alguns que se dizem judeus e na verdade não são. Isto não tem nada de mais a principio, pois o judeu não é superior e nem inferior a ninguém. Somos todos iguais e Deus não faz acepção de pessoas. Mas o problema é que quando alguém que não é judeu e diz ser, o que esta pessoa prega, os seguidores começam a achar que aquilo é judaismo e muitas vezes não é. É comum nos debates que eu participo este tipo de argumento e conflitos de idéias, quando alguém aborda um tema, sempre outro diz: "Ah, mas fulano disse isso, e ele é judeu" .E muitas vezes este não é de fato judeu.

Alguns são ex-adventistas ou simplismente simpatizantes do judaismo. Outros se envolveram tanto nos estudos judaicos que acabaram se convertendo ao judaismo tradicional. Outros, chegaram a falsificar o titulo de Rabino, como se tivessem sido ordenados em Nova Yorque e Jerusalém e acabaram tendo problemas legais. E a maioria das pessoas, leigas no que diz respeito ao judaismo acabam se deixando levar por pessoas que estão fingindo serem o que não são.

E o maior problema, é acima de tudo, a questão teologica. Tem muitas coisas que o cristianismo prega que não existe no judaismo. Tem coisas que os cristãos defendem que no judaismo é até proibido. Existe de fato um abismo enorme entre judaismo e cristianismo. Judaismo é uma coisa e cristianismo é outra. Mas muitos que tem surgido se dizendo judeus messianicos estão pregando justamente estas coisas que o judaismo nunca teve e nunca aceitou.

O maior foco dos que fingem serem judeus, é a questão da lei. Mas só impòr a lei e ignorar pontos importantes da teologia, é tornar-se legalista apenas. Como os fariseus na época de Jesus. E mesmo a lei, nunca foi obrigatória ao gentio. O judaismo tradicional nunca fez proselitismo e nunca achou prudente impor a lei aos gentios, criando inclusive as leis noéticas, como unicas mitsvots que os gentios deveriam observar.

Certos pontos, são tão óbvios, que ambas as religiões tradicionais condenam pois pode levar a pessoa a perdição. O próprio Jesus disse aos fariseus que percorriam céu e terra para fazerem um prosélito e o tornavam mais digno de réu do inferno que eles (Mt 23,15). Porque o judaismo nunca pregou proselitismo, porque o que faz parte da aliança entre Deus e seu povo, é entre Deus e seu povo e não ao gentio. Um exemplo, a circuncisão. O judaismo pratica a circuncisão como um mandamento da aliança. Nunca para o gentio. O cristianismo também nunca aceitou a circuncisão, sendo inclusive combatida por Paulo veementemente.

"Eis que eu, Paulo, vos digo que, se vos deixardes circuncidarCristo de nada vos aproveitará." (Gálatas 5 : 2)

E mesmo assim, algumas congregações messianicas tem praticado a circuncisão, mesmo sendo contra ambas as religiões. O sabado, outro exemplo, é assessivel ao gentio que quiser guardar este mandamento dado por Deus, e repousar neste dia santo. Mas nunca foi obrigatório ao gentio. Nunca foi uma lei para o gentio, e mais um caso, condenado tanto pelos rabinos quanto pelos teologos cristãos. Escritos rabinicos chegam a considerar isto uma heresia.

Algumas congregações na pascoa, estão celebrando ceiando um cordeiro. Mas isto vai contra ambas as religiões. Na lei judaica é proibido a um gentio comer da ceia de Pascoa. No cristianismo, Jesus é o nosso cordeiro que se fez sacrificio por nós. Então celebrar a ceia com um cordeiro é negar o sacrificio de Jesus, e violar a lei de Moisés ao mesmo tempo. 

Fora que o judaismo prega essencialmente estudo. Muitas sinagogas são na verdade casas de estudo, beit midrash. É comum também vermos em algumas, uma total falta de escatologia e exegese, e pregadores que ignoram completamente o contexto histórico e o preterismo e pregam as mesmas coisas que já aconteceram; como alguns protestantes já o fazem há anos. E iludem as pessoas que ficam esperando uma besta que já veio e uma tribulação que nunca foi destinada para nós, mas para Jerusalém. E alguns até sabem disso, mas pregam porque é conveniente. É uma coi$a boa para ele$$ ! Se é que da para entender!

Independente de conceitos teológicos distintos, como preterismo ou futurismo, o judaismo se baseia em treze principios de fé. Isto tem sido a base do judaismo e de seus conceitos de fé há anos. Mesmo que um judeu seja ateu ou se afaste do judaismo, dificilmente ele vai seguir conceitos distintos de seus principios de fé, porque na sua formação ele já aprende tais conceitos e pelo raciocionio lógico, é dificil fugir de certos conceitos. Esta é a única maneira maneira de distinguir um judeu verdadeiro de alguém que finge ser judeu.

O conceito mais importante, que é o pilar da fé judaica e sempre distinguiu os judeus dos outros povos, é o monoteismo. O judeu acredita em apenas UM Deus. No judaismo Deus é UM como disse o próprio Jesus citando o shemá: "O principal mandamento é, o senhor vosso Deus é UM" (Mc 12,29) . Portanto, Deus é UM. Ele não é dois, não é três, não é quatro etc... Ele é UM. Se alguém se diz judeu, e foge desta regra, prega que Deus é três em um ou Um que é três ou conceitos semelhantes que fogem do monoteismo, esse alguém con certeza ou esta equivocado ou esta fingindo ser judeu. Em Isaias 45,7 Deus disse claramente que faz tanto o bem quanto o mal. Ele é UM. Portanto o que foge disso, foge das escrituras e não esta fazendo retorno algum. Andar em circulos não é retornar e nem avançar!

A palavra trindade não existe na bíblia. Não tem um versiculo sequer que fale da trindade. Existem interpretações que tentam ver uma trindade em toda a bíblia, desde o gênesis. Mas a bíblia toda fala somente de UM Deus, não de três. "A minha glória não darei a outrem"(Is 48,2) Deus jamais disse que faria outro Deus ou daria sua glória a outro como Deus. Portanto, isso não existe no judaismo.

O judaísmo acredita em UM Deus invisivel, que não tem forma, não tem uma imagem, não tem um ídolo e não tem sequer um nome. O nome de Deus, apesar dele o ter revelado a Moisés, é considerado indizivel, pois não se diz seu nome para não toma-lo em vão e incorrer em pecado. O tomar o nome de Deus em vão ou blasfema-lo, é um pecado tão grave quanto a lashon hara, a mentira, a calunia e pode causar as mesmas consequências, como a lepra ou uma pertubação espiritual por ter blasfemado do nome santo. Por isso, um judeu não diz e não ensina o nome indizivel. Qualquer um que tenta decifrar o nome, ou os arqueologos do nome e os que ensinam o nome em vídeos ou sites publicos, não podem ser judeus de verdade. Porque o judaismo entende as consequências disso e evita incorrer neste erro. A prórpia septuaginta, que diz a lenda que foi traduzida pos sábios judeus, eles verteram o tetragrama para Senhor e Zeus, conceitos gregos, para evitarem que o nome sagrado fosse blasfemado pelos gentios. Mesmo se a septuaginta foi uma farsa feita pelos gentios com sua péssima tradução, vemos que eles não descobriram o nome sagrado senão teriam colocado.

A interpretação judaica das escrituras, costuma ser bem clara. O judaismo prega que Deus não faz as coisas as escuras ou com confusão, pois Deus é claro e sua palavra também é. Portanto, o judaismo tenta não ultrapassar o que esta escrito, apesar do Talmud e da tradição judaica, eles tentam interpretar sem ultrapassar. Até porque Deus não mente, e se ele revelou sua palavra através dos seus servos, os profetas, não cabe a nós transcedermos isto por interpretações pessoais e contradizermos o que Deus disse.

Um exemplo claro disso é sobre as setentas semanas de Daniel e as profecias do seu livro. O anjo foi claro ao dizer que setenta semanas foram fixadas para o seu povo e sua cidade. Mas a teologia cristã criou a teologia da lacuna, onde eles entendem que a ultima semana de Daniel se refere a outro povo, os gentios, e a uma outra época, a nossa, e a uma outra cidade santa, isto é, um evento global. Mas o texto não diz isso em momento algum. O texto não separa a semana 69 da 70. Isso é ultrapassar a escritura. E ainda usam esse mesmo texto para dizerem que Israel fará um acordo de paz com o Anti-Cristo por sete anos. O texto não diz absolutamente nada disso.

O judaismo jamais interpretou este texto com essa lacuna, por que não existe tal lacuna no texto. Se alguém diz que é judeu e prega isto, esta sendo influenciado provavelmente pela teologia protestante ou se passando por judeu.

Outro exemplo é o texto de Daniel sobre as quatro feras onde o anjo lhe explica claramente que a quarta fera seria o quarto reino da terra, seguindo a ordem, Babilônia, medo-presa, grego e portanto roma. Então porque interpretar este quarto reino como a nova ordem mundial, ou a união da europa, ou um bloco econômico, iluminati etc...? O anjo não foi claro ao dizer o quarto reino? Não veio o quarto reino, os romanos? Isso é ultrapassar o que esta escrito.

Em Ezequiel 28, vemos outro exemplo. Deus foi muito claro ao dizer: "Filho do homem, levanta uma lamentação sobre o rei de Tiro" (Ez28,12)Mas muitos atribuem esta profecia a Lucifer, um deus grego romano criado por homens séculos depois, ou ao diabo. Ou seja, Deus disse: profetiza para o rei, mas a tradição diz, a profecia foi para o diabo. Isto se deve ao desconhecimento bíblico. O texto menciona o Édem, jardim de Deus. Edém era uma cidade, basta ver no capitulo anterior. Jardim de deus, na verdade é plural, jardim dos deuses, que era comum em toda cidade do mundo antigo. A mesma expressão o mesmo profeta utilizou no capitulo trinta um contra o faraó do Egito. E mesmo o jardim do édem de gênesis também era na terra.

O texto menciona o monte santo de Deus. Também é na terra, é o monte Sião. Menciona as pedras que o rei usava, seus comércios, seus filhos, seu reino, outros reis etc... É claro que foi para um rei, mas mesmo assim, alguns que se dizem judeus, atribuem este texto ao diabo, como a teologia protestante o faz. Onde esta o midrash e a interpretação coerente? Isso não é judaismo. Parece mesmo catolicismo messianico.
P.Quevedo

Estes são apenas três pontos interessantes que podemos notar na diferença entre o que prega o judaismo e o que prega o falso judaismo. No judaismo não existe nem trindade e nem dualidade, mas Monoteismo. E a interpretação judaica das escrituras tenta ser coerente e não ultrapassar o que esta escrito. Independente dos judeus não acreditarem que Jesus foi o messias, eles não distorcem os textos messianicos ou os ignoram, eles só não entendem que Jesus cumpriu as profecias, mas não ultrapassam o que foi escrito.

Portanto, é nescessario também ao fiel, saber distinguir pela lógica certas coisas. O falso judaismo não é nenhuma novidade, já havia na época de João e só não sobreviveu devido ao anti-semitismo histórico. Quem quer ser judeu durante uma inquisição, cruzada ou holocausto? Ninguém né. Mas agora que o anti-semitismo é combatido, todo mundo quer ser judeu, mesmo que seja de qualqeur jeito. Mas na época de João, ele já advertiu sobre isso:

"Eis que eu farei aos da sinagoga de Satanás, aos que se dizem judeus, e não sãomas mentem: eis que eu farei que venham, e adorem prostrados a teus pés, e saibam que eu te amo."  (Apocalipse 3 : 9)

São a sinagoga de Satanás, isto é, da oposição. Nem pregam a verdade e ainda prejudicam os que pregam. Muitos pecados considerados graves no judaismo, são ignorados, como a lashon hará, a avareza, e a arrogância por exemplo, porque o judaismo prega que todo ser humano é a imagem de Deus. Do presidente da republica ao mendigo da sua rua. Que um mendigo as vezes pode ter um espirito mais evoluido que de um rico até. Por isso as leis para com o próximo, são mais importantes, como a caridade, a justiça, o amor e o respeito ao próximo. O judaismo diz inclusive que a caridade salva da morte, por isso que os judeus geralmente são generosos. Lembrando que Jesus que também foi judeu disse: "Dai a todo que pede"


Há uma diferença enorme entre fazer retorno ao judaismo bíblico e fazer retorno ao judaismo tradicional. Bíblico é o da bíblia, isto é, judeus que seguem aquilo que Deus mandou. Tradicional é o que segue as tradições dos rabinos, isto é, o que não esta na bíblia, e que Jesus tanto condenava:

"E assim invalidastes, pela vossa tradição, o mandamento de Deus."  (Mateus 15 : 6)

Seguir o judaismo tradicional, é fazer exatamente o oposto do que Jesus pregou. Muitas coisas que alguns tem usado e pregado não estão de fato nas escrituras, pois são apenas a tradição dos judeus. Não se pode servir a dois senhores, ou se segue o que esta na bíblia ou se segue o que não esta. Quem segue estas tradições, se passando por judeus, e dizendo que é bíblico deveriam responder então com a bíblia algumas indagações:

Onde na bíblia se ordena acender velas no shabat? Onde na bíblia se ordena o uso da Quipá? Onde na bíblia se ordena a celebração de festas tradicionais como o Purim ou o Chanuká? Onde na bíblia se ordena vestir preto, sendo que Deus determinou até as cores das vestes dos sacerdotes? Onde na bíblia Deus instituiu as parashás? e por ai vai...

Sabe porque estas coisas não estão na bíblia? Porque todas estas coisas foram criadas pelos Rabinos. faz parte da tradição judaica, de um povo, de sua cultura. Mas não são mandamentos de Deus. Isso não é judaismo bíblico!É vontade de se parecer com judeu.



Portanto, que todos analisem tudo com muita cautela, e tenham um bom discernimento. Pregar somente o cumprimento da lei e ignorar todo o resto é legalismo apenas. Usurpar a tradição de um povo, mesmo sendo contra o que seu próprio Messias disse é errado! Façam um bom retorno as raizes judaicas,bíblicas, mas cuidado com os que se dizem judeus e não são de verdade, pois como disse João, são na verdade, a sinagoga de Satanás.

E é claro que existem verdadeiros judeus messiânicos, judeus que acreditam que jesus foi o messias e estudam o novo testamento. esta postagem não é para generalizar, mas para exortar o leitor ao bom discernimento, não a a aversão.
Paz a todos!
Ronaldo